domingo, 24 de setembro de 2006

Tanto querer

Começo a publicar escritos um pouco mais antigos que são mais fáceis de serem acessados e expostos em épocas de turbulência

Tanto Querer
Quero
unicamente por saber que não tenho.
De tanto querer

tenho agora
e, claro, não quero:
ser imperfeito em presença.


Mantenha a distância

para que possamos manter a proximidade.
Ter alguma.
A única forma de nos amarmos e nos desejarmos

é na impossibilidade,
honey.
Idealizemo-nos.
Busquemo-nos. E não nos alcancemos.

Recuso tudo o que é possível pela sempre possível imaginada
beleza extrema,
simpatia extrema,
sensualidade extrema,
liberdade extrema.
Beleza, simpatia, sensualidade e liberdade nunca sentidas,

nunca vividas.
E por isso tão valorizadas.


Prisioneiro do amanhã.
Da promessa.
Do que não é e não será nunca.

Prepare-se
Prepare-se
Prepare-se
Binóculos e telescópios à mão
desses que necessitam a braços de distância para a nitidez.

Abraços.

Avalie e reavalie.
O pessimista nunca se decepciona.
Visão que delimita o objeto.
Nos informa dos passos possíveis ao seu redor.
Espaços possíveis intransponíveis.

Abraços de distância.
Sorrisos democráticos indistintos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Porra Rubão...to achando muito bom isso q vc ta escrevendo, não sabia q vc era escrivinhador...já dizia o provérbio: ruim no WAR/bom na poesia.

Anônimo disse...

Chama no pavio da lamparina
Sombra no lençol que tateia a pele fina
Ali tão sempre perto e não me vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir
Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir

Corre solta suassuna noite..

[Noite Severina-Pedro Luís]

Anônimo disse...

o acesso é mais fácil para quem: leitor ou escritor?

Anônimo disse...

Tradução...bastante confusa
mas tradução
Penso que a tradução muitas vezes é o limite de ser
snif