sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Das fotos que eu não tirei

Cartier-Bresson revelava suas fotos de uma maneira que era possível visualizar o contorno do filme fotosensível na imagem, ou seja, ele queria mostrar que ele não cortava suas fotos. Tem um cara num fórum de debates que de vez em quando eu visito (aliás, recomendo, tem umas coisas muito boas por lá), o Ivan Almeida, que diz que recortar uma imagem é mostrar uma fotografia que você não tirou, uma fotografia que você perdeu por não ter pensado no enquadramento no momento do disparo; os recortes seriam a prova de tudo aquilo que você não conseguiu da fotografia.
Como iniciante e justamente para explorar os limites, coloco aqui umas discussões que tivemos com mestre Marcos, tentando reenquadrar umas fotos de Cuba. Segue o resultado...
A primeira cortou-se a parte de baixo para evidenciar a questão os prédios de pedra, tirando carros e sombras. Na segunda, o vaso fica ainda mais evidenciado, formando uma perspectiva quase lateral e tirando cantos de prédios e bananeiras que só poluiam a foto. Na terceira, a linha do muro ganha maior destaque, colocando tanto a onda quanto o bico de concreto em pontos mais interessantes para se olhar. Na última, um corte lateral e um superior para deixar o carro e o fotográfo mais equilibrados.


































































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