sábado, 7 de novembro de 2009

Estudante do minivestido é expulsa de universidade

Geyse Arruda, 20, foi excluída do quadro de alunos da Uniban, universidade privada de São Bernardo do Campo (SP).



Sindicância da instituição responsabilizou a aluna pelo tumulto ocorrido no campus, na noite de 22 de outubro.



Geyse ganhara fama nacional graças ao registro da confusão em vídeo. Pendurada na web, a peça tornara-se um hit.



Corpo recoberto por um minivestido vermelho, pernas à mostra, a aluna tivera de deixar a universidade, sob xingamentos, escoltada por policiais.



A explusão foi decidida em reunião realizada na madrugada deste sábado (7). Concluiu-se que Geyse “procovou” os colegas.



Alegou-se que era usual que ela comparecesse às aulas com roupas curtas e decotes generosos.



Ouça-se o assistente jurídico da Uniban, Décio Leonci Machado: A aluna “sempre gostou de provocar os meninos”.



Como assim? “O problema não era a roupa, mas a forma de se portar, de falar, de cruzar a perna, de caminhar”.

No dia da algaravia, disse o advogado da universidade, Geyse teria subido deliberadamente seu microvestido com as mãos.



Segundo o assessor jurídico, o gesto possibilitou “a quem vinha atrás” enxergar as “partes íntimas” da moça.



De resto, disse Décio Machado, Geyse teria entrado numa sala que não era a dela, interrompendo a aula pelo meio. Tudo porque um rapaz desejava conhecê-la.



Ao tomar conhecimento da decisão, Geyse reagiu com espanto:



“Como me expulsaram? Que absurdo! Eu fui a vítima, quase fui estuprada, como puderam fazer isso?” Ela rebateu as acusações:



“Eu estava segurando uma bolsa enorme na mão e um fichário na outra, como conseguiria levantar o vestido? Entrei na outra sala porque fui chamada”.



Afora a expulsão de Geyse, nenhuma outra providência foi adotada. Os colegas que a hostilizaram saíram incólumes da sindicância.



A universidade só teve olhos para o par de pernas. No mais, fez ouvidos moucos para os uivos e impropérios da legião de bocas desabridas.



Aluna com vestido curto não pode. Estudantes com comportamento de talibãs são admitidos. A decisão ainda vai dar muito pano para a barra.


Do blog do Josias de Souza

3 comentários:

fernanda disse...

li antes de vir aqui
óia esta:
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,o-urro-ancestral-da-faculdade-injuriada,459621,0.htm
bjoo

Schmidtberger disse...

Cara adorei suas citações, não lí todas, pois são muitas, mas todas q lí me encantaram tremendamente. caike_dutra@hotmail.com

fernanda disse...

valeu caique!
bjs