Homenagem e/ou reflexão e/ou perversão e/ou putaria/falta de vergonha na cara

Esse aqui até gerou uma certa polêmica quando publicado


Pedido

A cera,
quente,
mancha a tinta.

A vela
pouco ilumina.
As luzes estão apagadas.
Pessoas apagadas.
Mas o brilho, meu brilho,
minha paixão,
tiram-me o sono.

A cidade dorme.
Além daqui,
além de mim,
nenhuma vela acesa.

Posso agora recordar...
saia rodada,
levantada,
permitindo ao cheiro
de lascívia e desejo
que escorria,
tocar meus sentidos,
todos.

Sua pele macia,
meus dedos
penetrando aos poucos
te revelando,
descobrindo teus seios
para então cobri-los
com os mais rudes beijos.

Te pego,
te tomo em meus braços.
Seu quadril,
pernas que minha mão calejada
aperta com força e não deixa escapar

Na cama,
na sala,
banheiro,
poltrona dos pais,
a sublimação pela carne.
Sua boca e corpo
me afastando
de tudo que é real,
me aproximando do céu.

Busco mais e mais...
a ansiedade,
o êxtase cru
e o relaxamento.
O antes,
o durante
o depois,
o antes,
o durante
o depois,
o antes,
o durante
e o depois,

repetidas vezes,
sempre.

Quero sentir seu corpo frágil
num abraço
pedindo mãos,
pedindo força
e sua língua em minha orelha
e seus beijos me contorcendo sensibilizando cada parte do meu corpo
e todo,
me contorcendo,
quero agarrar seus seios cheios e curtos e belos por debaixo da blusa e mostrá-los, adorá-los
e sentir seu cheiro
com minha saliva e língua, línguas e sentir sua mão na minha calça descendo barriga abaixo nesse vai e vem só seu, e com língua e com a boca me fazendo gemer, gritar
e te pegar úmida nos braços, te penetrar e trepar, trepar, te fazer suar, te sentir, suor, dois corpos molhados deslizando um pelo outro ver seus olhos virando, eriçar seus pêlos, suas pernas nas minhas costas, suas unhas nas minhas costas, te tomar de costas, te tomar de frente, te tomar no colo, te olhar nos olhos
e gemer,
gritar
te penetrando,
trepando
até te ver
gozar.