Acabei de descobrir um aliado poderoso na luta contra a imbecilidade do fascínio e do acompanhamento irrefletido da vida privada das celebridades.
Cabelereiros e manicures pobres, além de clínicas públicas.
É evidente que esses lugares, por mais que em algum momento tenham se preocupado em comprar umas revistas para que os clientes possam passar seu tempo, essa preocupaçao nao chega ao ponto de gastar dinheiro semanalmente nas novíssimas novidades do mundo de caras.
Ai as revistas ficam lá, envelhecendo. E o tempo é um antídoto poderoso. Esses dias vi a entrevista da Luana Piovani quando ela ainda estava "apaixonada" pelo Dado Dolabela. Dizia algo como "ele é maravilhoso. Me deu um carro! Um carro! Ninguém dá um carro pra uma pessoa! A gente sempre dá uma coisinha pequena, mas um carro? Todo dia quando saio para trabalhar, penso nele, tá lá a presença dele na minha garagem". É excelente pensar no que foi dar esse episódio de amor! É excelente pensar naquilo que mantinha tao lindo amor. E de repente, nao é mais uma notícia sobre amor incondicional ou sobre espancamento inesperado. Vira uma reflexao. Duas notícias idiotas, imediatas e podemos nos deparar com a profundidade do discurso celebridal.
A outra foi a notícia do casamento da Suzana Vieira com o PM. O que me chamou a atençao além da necessidade dela se sentir numa idade que ela já nao tem eram os presentes. Estavam presentes no casamento 3 atrizes. Como uma mulher que trabalha a décadas como atriz tem 3 companheiros de trabalho no casamento? 3 pessoas se dignaram a cumprir esse papel de presença no evento importante e noticiado. Imaginem o que levou o resto do povo a decidir nao aparecer.
Enfim, o noticiado do momentaneo e do fugaz, quando visto com uma distância temporal, revela sua supercialidade de uma maneira incontestável. Graças aos saloes de beleza e a clinica de atendimento psicologico da facul estamos mais livres.
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