Tá aí um blog a ser desvendado
Conteúdo riquíssimo, reflexoes importantes. Para que o grande público nao fique refém de caminhos fáceis e de rápida absorçao
De cara pra lua
Fazer a defesa de Francine ou Max num determinado momento passou a ser a defesa do casal que eles formam no BBB. É através do casal que seu caráter é questionado, é no casal que muitos procuram mostrar que existem incoerência e máscaras nesses dois jogadores. Alguns me questionam o porquê aqui no DCPL nós falamos tanto neste casal. Pois bem, um dos motivos é este, o foco no questionamento do ser ou não fake, além, é claro, do encantamento que eles despertaram. Max e Fran vêm passando ao longo deste BBB9 por muitas provas de fogo, tal e qual um conto moderno de Romeu e Julieta, onde alguns confabulam, rezam e praguejam para que tudo dê errado.
Até Bial surgiu com uma faca para dar o golpe fatal. E eles resistem, passaram pela pergunta do Bial sobre os sentimentos do Max nos primeiros paredões no início do programa e superaram a prova de fogo de ter o caráter de Francine questionado em rede nacional no programa ao vivo. Pois mais do que o casal, o que se questionou foi o caráter da Fran. E ela também passou por esta prova cruel com muita graça e valentia.
Eu não me importo se esse namoro vai acabar no dia seguinte da Final do BBB9, o importante é que ele tem sido o fio condutor que revela dois grandes jogadores desta edição, um norteado pela razão, pela vontade de fazer o mais correto, de querer jogar sem saber muito bem o que fazer, de ser justo, de somar ao programa, de somar à história do BBB. Max quer ser campeão. Qual deles não quer? Mas ele não é hipócrita e verbaliza sua vontade, ele não quer ser lembrado como o cara que fugiu de sua responsabilidade de jogador dizendo que não foi lá para jogar ou que se esquece das câmeras ao seu redor. E, no contraponto deste jogador tão pensado, Francine se revela em toda sua emoção.
Francine é única, talvez uma das mais interessantes personagens que já surgiu no Big Brother Brasil. Um BBB tão recheado da riqueza do ser humano, das nuances de nossa personalidade, dos grandes e pequenos defeitos que todos nós carregamos. Este não é um BBB linear e me entristece que o grande público fique refém de uma leitura que até por conta do tempo limitado da TV aberta tenha que caminhar por caminhos menores e de fácil absorção. Perdemos tanto tempo com o show que uma edição como esta, que nos permite ser ricos na análise de seus personagens, corre o risco de acabar sem termos conseguido desvendá-los por inteiro.
Assim como o BBB9 Francine não é linear, não é de fácil leitura, mas tem um carisma tão grande que supera todas as suas dúvidas sobre o mundo. Fran é generosa, talvez uma das pessoas mais generosas naquela casa, mas sua generosidade não é tolice, não a deixa cega, não a torna ingênua. Sua generosidade vem de sua vontade de cuidar dos seus, de acalentá-los, de servi-los sem ser servil, de cuidar do outro como uma demonstração de carinho e afeto. Francine abraça a causa dos amigos como se fosse sua, briga por eles, sofre com eles e busca não se desviar de seu senso de lealdade. Cobra o mesmo das pessoas, mas nem sempre tem o retorno merecido e desejado. È estourada demais, emocional demais, fala primeiro e pensa depois. Quando pensa.
Nós também colocamos Francine à prova. Quantas e quantas vezes a colocamos de quarentena? Quantas e quantas vezes tivemos vontade de invadir o Projac e dar umas boas palmadas nesta menina? Inúmeras vezes, incontáveis foram as situações em que nosso coração balançou entre a raiva e o amor pela jogadora e seus movimentos no jogo. Mas, Francine derrubou cada quarentena, cada reticência, cada cobrança que nós fizemos. Quando Francine nos faz rir, ela desmancha toda mágoa, toda dúvida, todo questionamento. E traz de volta nosso bem querer.
Em seu envolvimento com Max, Francine desabrochou, conseguiu explicar sua personalidade, suas atitudes. A metáfora da boneca que se transformou numa linda menina é mais do que verdadeira, a gente viu acontecer, ninguém veio nos contar, não foi fofoca de corredor, tampouco bate papo de bar. E no lugar da boneca divertida, mas sem vida, a gente descobriu uma mulher insegura, cheia de medos, com uma carência enorme, mas com uma capacidade de amar, de se doar, de se transformar que colocou Francine na galeria das grandes mulheres do BBB.
Francine conquistou nosso respeito, nosso carinho e nossa torcida. A gente vai ganhar essa parada? A gente vai conseguir que ela e Max consigam se mostrar como casal e como pessoas ao grande público? Sinceramente eu não sei. Mas sei que, por mais sofrido que seja a gente está junto com ela nessa jornada, votando muito para que ela volte desse e de outros paredões mais a frente. Torcendo que a generosidade vença a hipocrisia, que a lealdade vença as traições, que o amor vença o despeito, que a amizade se sobreponha ao oportunismo e que a alegria de Francine vença a adversidade e o ceticismo. Go Francine, Go!
3 comentários:
Rubão,
Você anda muito televino, hein???
Eu também acho a Francine uma fofura e o Max uma gracinha.
Ela, dona de boas pérolas e ele, um bonitinho um tanto tatuado e bastante prudente.
beijo!
Pois é...
E ainda tenho a entrevista da Suzana Vieira na manga!
Prislaine? da Psico? Meu deus, quanto tempo!
Well, well, well,
Achei que tinha enviado uma resposta mas não está aqui! Bem, vamos lá:
Sim, sou eu mesma em carne e ossos virtuais!
A Fran ficou e a insossa da Mirla saiu. Ainda bem.
Agora torço para o Ralf que no mínimo é absurdamente mais ponderado que a tresloucada Ana, ainda que ela também seja dona de algumas pérolas.
That's it! Beijo e boas viagens!
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