domingo, 17 de setembro de 2006

Quem é esse que não se permite ficar sozinho nem se aproximar?

Se redescobrindo
sempre
alheio
se cobrando
se.

A flor que morre
quando é arrancada.
A descoberta da vida
no copo d'água
para a flor que morre.
Promessa refeita prolongando beleza morta.
Olhe de longe,
tire uma foto.
Há flores a colher no jardim
A colher,
a colher.
Que nunca faltem
que sejam flores aguardando
novas
e frescas
e prontas ao sacrifício.

Descuido para que tenha sempre
e sempre que não tiver não haja cobrança
ou esperança.
Seria assim por me convencer que assim sou?
Que assim seja.

Acelerando ao máximo,
puxando ao máximo o freio de mão.
Barco ancorado,
intensa ressaca,
movimento irregular
circular.

Transparência desnecessária
constante
afastando pelo que é
humano
e falho
e se aceita
e segue
e afasta.

Afastai tudo o que é semente.
O que é toque macio em noite fresca.
A necessidade do corpo pelo corpo que quer e só sabe com ele.
Necessidade que não se permite.
Projeções,
proteções,

Passado puxando, futuro rejeita:
Presente tensa corda e fina.

2 comentários:

Lis Bella disse...

"Olhe de longe ha Flores"

As flores sempre...


Bj

Anônimo disse...

Tradução de quem?