quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Incômodo alheio

Houve um tempo em que morria de vergonha pelo incômodo que eu causava (ou achava que causava) quando mexia em plástico em qualquer situação de silêncio, multidão e falta de luz, como cinema e viagens noturnas de ônibus.
Um dia me dei conta que não adiantava ter cuidado e delicadeza, já que o barulho só se prolongava. Era necessária rapidez, desconforto alto e curto, um susto, um assalto e então a paz, não o tique-taque contínuo, a tortura chinesa, o barulho incômodo cotidiano naturalizado e que se pretende imperceptível.
Hoje é só descuido. Nem lembro de quem quer dormir ou assistir em paz.

Um comentário:

Lis Bella disse...

Sabe que eu nem ligo rsrsrs, atropelo as pessoas no cinema ...e parece taum natural!
beijokas