Quem será que vai? Será que alguém vai? Quem?
Pelo menos me ajudou a escrever qq coisa...
A onda
Naquele entardecer a onda batia mais forte no píer. Era vontade. Ultrapassar aquelas todas pedras barreiras, ir mais além e além. Tinha em si uma força fluída por ora desconhecida, abria caminhos a serem seguidos. Reforçava, delimitava, refundava. Limites aos que seguiriam. Em fúria, ao se lançar espumas, acalmava, esparramava, voltava, devagar ao mar. Sorrateira por entre grãos, tábuas, reunindo aquilo que fora, sendo em contra-fluxo a vontade de ser novamente. De longe, vai e vêm e só, borbulho e encontrões, sujeira e destruição.
Não conseguiria tragar a muralha muda à sua frente agora e, decidida, recomeços. Suas gotas filhas fios de sua água umedeciam a cada estrondoso encontro e escorriam, constantes, confiantes. Esperava indo e vindo. Qualquer que fosse construção escondida ou sem luz, ou construção e só, sabia, penetraria. E se, distraído ou esquecido, quisesse mais, saber onde ou porquê, ou saber, apenas sentia. Muito superiores a si, forças que só possibilitavam dele ser mar, único existir, único ser. Ser forte e investir contra o muro e aguardar.
2 comentários:
Estava bem cheio, hein? E, a propósito, você guardou as minhas fotos?
Abraços e parabéns!
Hoje eu sonhei q ELA estava apenas esperando. Pois já haviam se chocado, a pedra e o mar, na maré cheia.
Recebi seu recado, acabei não indo ao sarau, não queria ter perdido...
Um abraço!
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