segunda-feira, 10 de abril de 2006

tu, tu, tu, tu, tu, tu...

Houve um momento no qual estava tão envolvido que deixei de escrever toda a poesia que sentíamos ao nos olharmos, as histórias de café da manhã e lavagem de louça.
Houve um momento em que esqueci que vivíamos poesia e achei que nada havia de belo em lavar e comer. Foi quando deixei de escrever sobre qualquer coisa que me envolvesse. Calei. Nesse momento precisava da sua presença.
Houve um momento em que esqueci como se escreve. Histórias, poesias, não há o que ser visto, não há o que sentir.
Ou te via, ou, de tão intenso, virava os olhos e me protegia. Em um momento olhei para você, te atravessei e assustei. Te enxerguei de cima. Será que era só isso? Será que mesmo com tudo isso não há mais nada? De uma hora para outra? Não me lembro do que aconteceu. Psicotizo sensações para não sentir e surtar.
Lamentavelmente escrevo tentando recuperar os cacos e colá-los. Voltamos a nos olhar e nos querer. Não brinco mais. De tanto tornar tudo uma grande brincadeira. Tenho medo de me tornar o amargo que sou. Rubens Olhos Opacos. Estou ocupado. Não quero ir para casa sozinho. Não quero sair de casa sozinho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mas onde você está agora?

Anônimo disse...

sinta....surte...

Danilo SG disse...

Essa sensação...

Danilo SG disse...

Alguém já sugeriu que ao invés de colar, seria melhor derreter os cacos e produzir uma nova forma. Talvez seja realmente uma boa idéia.