quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Não falta no natal italiano da família Peduto

Comida;
Muita comida;
Combinar que cada um traz um prato e cada um fazer uma quantidade de comida que alimentaria bem todo mundo presente;
Tios no corredor, tias na mesa e depois na cozinha;
Vinho e outros destilados;
Primos que "meu deus, como estão grandes";
Meu nono pegando as crianças pelos cabelos, pelas bochechas "pede água, pede água";
Meu nono carregando as crianças como se fossem leitões;
Discussões sobre o futebol na década de 50, de 40, de 60, de 30, de 70;
Alfinetadas no PT (antes da eleição, antes da crise, sempre);
Lembranças das estripulias da minha mãe e das primas;
Todo mundo falando ao mesmo tempo;
Todo mundo gesticulando ao mesmo tempo;
Comida;
Crianças correndo, batendo porta, chorando;
Papai noel que chega com as luzes apagadas;
Comida;
Alguém lembrando como eu tinha as pernas finas e era só nariz;
Alguém fazendo piada com o fato da minha irmã ser quieta e ela respondendo com o sorriso amarelo;
Mais vinho;
Mais comida;
Cantar parabéns pra Jesus (esse ano faltou);
Discussões sobre a necessidade do Estado e a vagabundagem de quem é pobre;
Minha nona distribuindo bilhetes da sorte com trevos e louros que ninguém entende o que está escrito;
Os políticos serem todos iguais;
Minha avó postiça falando que eu mijava nela e que eu devia ser modelo;
Doces, muitos doces, maravilhosos, em excesso;
Alguma brincadeira que os velhos não entendem (esse ano foi o amigo secreto. Ninguuém segue a ordem e alguns começam a distribuir junto os presentes extras das crianças, do filho, do genro... Aí volta o amigo secreto, todo mundo berra, dá risada...);
Muitas risadas;
Mulherada lavando a louça ("ultra moderno");
Homarada fazendo piadas machistas com as próprias mulheres;
Um tio de canto que deve achar tudo isso um porre;
Ganhar camisetas extra extra grandes que nunca serão usadas;
Ganhar quinquilharias bregas e de mau gosto da nona, dadas do fundo do coração;
As primas da segunda geração pedindo receitas como se fossem ser feitas (elas não cozinham nada!);
Mais sobremesas, às toneladas;
Um cafézinho;
Voltar no dia seguinte e recomeçar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pô, só ingrediente gostoso...

Carolina disse...

Essa iatlianada... na família Furlan é quase a mesma coisa...
Bjo

Flor disse...

soa bem divertido.....
uma receita bem interessante de natal...