domingo, 14 de agosto de 2005

Funny Body Art

Gostei dessa definição sobre mim. É isso que eu faço de tempos em tempos sem intervenções definitivas ou cirúrgicas. Um teatro invisível "de leve". Ser engraçadinho, querer aparecer, trazer sorrisos e reflexões, Rubens metido da porra.
Quase ninguém comenta mais essa porcaria, só a Carol linda, fofa, e etc (viu Carol, mudei o post!!!). Eu escrevendo e nem tenho certeza se tem alguém lendo. Eu sou muito menininha. Buááá, ninguém me escreve. Que inferno. “ Clarice, aqui é o Fernando, me escreva! Me escreva Clarice, uma carta de sete paginas! Me escreva!”.

Último compromisso antes de poder se dedicar e se jogar e sumir. Já havia dito. Faltam só algumas fotos de pendência.

Estou em fases de presentear as pessoas de quem eu gosto, mas ainda está em processo de preparação a fase, então ninguém recebeu nada.
Tinha uma lembrança para alguém que não pode lembrar de mim, uma caneca com uma menina segurando um gato pelo rabo (era surpresa até esse momento). Fica de lembrança pra mim.
Queria dar um livro meu de presente, mas antes de acabar de ler eu perdi. Procurei, procurei, nada. Comprei outro pra acabar de ler e dar. Cheguei em casa e encontrei sem querer. Fica de lembrança pra mim.

Encontrei umas lembranças perdidas também, de uma época em que ser eu era ser outra pessoa que não eu agora, pelo menos eu acho. Um romântico a la Álvarez de Azevedo, outro exagerado. Agora não sou mais assim, posso fazer drama e resmungar internauticamente (como diz minha vó que começou a usar o computador esse mês em um a-mail pra mim). Deixei de ser romântico e deixei de me permitir dizer algumas coisas

Cartinha

Cá estou eu à noite com minhas tentativas de produções. Mas hoje é diferente e a data pede uma carta e não uma poesia. Você sabe que dia é hoje? Dia 12? Deixe me ver...
Pois é, faz um mês que estamos juntos. Sim! Há um mês um menino meigo e inexperiente (você mesmo disse isso) foi levado ao cinema por aquela moça que usa perfume afrodisíaco. Mal sabia ele o que estava para acontecer. O pobre rapaz não viu nem quinze minutos do filme e se enrolou todo para dizer para o pai se o filme era bom ou não. Bom, consumada a perda da inocência de Peri (uma verdadeira tragédia coitadinho) resta-nos verificar se há algum saldo positivo.
Talvez o fato de eu ter começado a escrever poesia (que era algo que realmente queria fazer) tendo você como principal incentivadora e inspiradora seja algo bom.
Ou então a felicidade que não consigo esconder de ninguém de ter você ao meu lado que transborda e fica "na cara" que estou passando por uma fase muito especial que me deixa mais otimista, sorridente, alegre e que, provavelmente, é meio contagioso.
Ou ainda o privilégio de ter uma pessoa como você junto de mim. Uma pessoa que considero extraordinária e que admiro muito.
Além disso tem outras coisinhas que eu não posso contar senão perde aquele clima de mistério. Sabe como é, né?
Bom, fazendo um balanço, até que não foi tão ruim né? Podemos começar a falar sério: foi ÓTIMO!!! Por cada sorriso, cada olhar, cada beijo, cada momento, muito obrigado.
Espero que a gente vá conseguindo quebrar essas barreiras inúteis e ir ficando cada vez mais próximos um do outro, afinal: "a life lived in fear is a life half lived" e com um pé atrás nunca iremos aproveitar o que podemos.
Fora isso, espero que também tenha sido bom pra você como foi esse mês pra mim e que você fique cada vez com menos dúvidas (sim, milagres acontecem!)

Beijos,


de quem está
adorando te
conhecer,
Rubens



Livre Associação

Antes, as mulheres, de forma geral, me interessavam. Me interessavam por me faltar e, em cada uma, antever suspiros e respirações de futuros que poderiam vir a se concretizar. Rascunhos de caminhos e descaminhos em mim. Hoje, não quero nem desejo. Percebo a minha impossibilidade em construí-los. Não faz mais sentido querer investir em algo sobre o qual sei que não vou conseguir me jogar quando chegar o momento. Sou agora o espectador de quadros impossíveis em passiva responsabilidade.

Engraçado ter sido tão forte, importante, difícil, intenso e ter gerado dois efeitos opostos. Entramos de um jeito e saímos, como antes, o outro. Nos precisávamos para poder nos entender e então prosseguir. Em cinza tons, me desanimo sorrir e fazer sorrir. Meus lábios vão perdendo o caráter e a inclinação ascendente e simpática de suas pontas. Precisávamos mais e fui covarde. Sigo choramingas. De que me adianta qualquer um se não tenho a mim.

Envelheci muito ultimamente.

Perco quem por perto me importa por me preocupar em acenar ao longe para quem se afasta, como faço nesse momento. Calcei meus olhos de vidro para continuar convissobrevivendo sobre dia, sobre dia e há até quem perceba. Não suportei o contato e agora evito quem quer que seja, evito que a história fracasso se repita. Descrente do cafuné e do te amo pós-espasmódico. Éramos outros que nunca mais se encontrarão. Me sinto preso em meio a densidão hoje seca que me imobiliza. Mesmo que pudesse caminhar estaria perdido, lugares comum, fotografias iguais, monotonia.

Não posso contar com quem quer que seja, pois os relacionamentos são efêmeros e instáveis sujeitos à mudanças/desconstruções abruptas. Todos enfim, se restam no fim.

10 comentários:

Danilo SG disse...

Aew Rubão, tô lendo sim... continue enviando os textos... Será que entendi direito, ou não é tão óbvio assim? Uma cartinha é a consciência (palavras bem pensadas e colocadas no lugar certo para uma 'orientação ao futuro'), a outra o inconsciente, o desejo...

Anônimo disse...

aee rubens.,.,to com saudades de vc;;nunca mais te vi..vc ta bem???
liga um dia desses no199..hehe aproveita q é 0800...bjs ((REB))®

Danilo SG disse...

Esqueci de dizer, mas a sua 'associação livre' me lembrou a possibilidade da realização de um sonho da Luana, que ela comentou sobre, num sarau que teve em sua casa (hehehe).

Anônimo disse...

Curisiodade... para quê levar um lençol por pessoa para visitar a sua casa?
beijos... daquela que está prestes a partir e com quem você não tem nem falado ultimamente!

Anônimo disse...

2 humildes conselhos:
Tire esse bigodinho, e rejuvenesça;
dê logo o meu presente, e concretize a fase de presentear quem você gosta.

1 comentário orgulhoso:
"Todos, enfim, se restam no fim": essa eu queria ter escrito.

Rubis disse...
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Rubis disse...

Bom Danilo, acho que o inconsciente mesmo seria o post de baixo, mas talvez a livre associação seja mais palpável, de alguma forma mais real, mas não tenho certeza, talvez apenas uma impossibilidade de pensar em mais cartinhas. A cartinha é bem mais antiga.
Que sonho da Luana?
Fala Rebecca, demorou pra aparecer lá em casa no sábado.
Talvez as entrelinhas não devam saltar aos olhos, mas permanecer no entre.
Quanto aos lençois, os anfitriões vão realizar umas performances e precisamos da colaboração de todos. Pensei em uma pessoa que poderia ter escrito esse comentário, mas logo descartei, porque essa pessoa nem olha mais pra mim pra eu poder dar um oi. Então, nem sei quem você é.
Renato, na verdade eu só postei isso para ver se você percebia e agora me sinto mais à vontade para entregar tudo o que eu trouxe de lá pra você. :) Quanto ao bigode, nunca mais tirarei, é a minha mais nova e definitiva identidade visual :) Quanto à frase, não desanime, você é novo, tem futuro, ainda vai escrever algo tão gradioso quanto todos, enfim, se restam no fim...(você achou essa frase boa mesmo?)

Anônimo disse...

Nossa, estou até chorando depois de tanta negligência... quantos amigos e amigas insensíveis e desatentos vc tem... mto triste, mto triste...
Mimadinho, é isso que vc é né, Rubinho?! Além de me desconsiderar nesse post, convenceu todo mundo a escrever um recadinho lindo e meigo para vc...

Flor disse...

Perguntei pro Danilo qual era o meu sonho (que nem eu mesmo lembrava). Era aquele que eu conversava com a irmã do Rubens sobre ele, algo como que ele queria ser mulher ou não sabia se era homem ou mulher. Era algo bem indefinido...mas na verdade, não lembro mais tão bem do sonho...

Carolina disse...

Lindo, obrigada! Te adoro!
Bjos