O cara por detrás da frase "Bebida não é embelezador. O homem dilui a censura e se permite enxergar a beleza da alma feminina." Está prestes a deixar o mundo dos que se expressam publicamente por essa via pós moderna, diluidora de preconceitos. Será? Os motivos alegados mostram o quanto precisamos ser politicamente corretos, aderir obrigatoriamente à moral cristã e tentar nos salvar de nossos próprios pensamentos. Aquilo que pensamos muitas vezes não convém e o melhor é permanecer em silêncio. Somos aquilo que aparentamos ser e isso basta a todos. Seríamos muito animais e apodrecidos vistos muito de perto. Quem se mostra dessa forma incomoda a todos os acomodados e auto enganados.
Fora que a ironia é uma forma muito pouco reconhecida de se fazer humor. É muito difícil saber quando é sério e quando é ironia, me disseram isso ontem: Não sei quando é sério e quando você está brincando comigo. Será que é isso que tanto me atrai nessa forma de expressão? Não existe diferença entre o que é sério, o que se brinca, o que se esconde. Tudo é possível. Nunca se entende o que se quis dizer. Dizem uns estudiosos por aí que a ironia e outras formas caricaturais de crítica são o que a nossa sociedade consegue produzir. Não acreditamos no que se apresenta e no que existe de opção para a vida, ficamos tirando sarro disso tudo, mas repetindo, por não conseguir ir além, talvez por ter esgotado todas as alternativas para a nossa vida. Resta resignar-se?
Segue a justificativa e umas histórinhas do senhor emezinho.
Adeus putarias existenciais
PS: Olha só, que coincidência. Assim que eu peguei esses escritos ele deletou tudo. Depois eu peço alguns outros.
Os próximos posts tratam-se de três escritos do Marcelinho e não meus
4 comentários:
Rubinho querido,
Acho que uma das coisas mais fantásticas que vc tem é essa ironia e sua carinha de menino pidão quando quer alguma coisa... sempre seduzindo as pessoas a sua volta com aquele olharzinho inocente que nada tem de inocente.
E lá se vai o Emezinho... uma pena...
Bjos
a ironia é uma maneira relativamente fácil de não dizer nada. (rs)
Algumas pessoas levam a sério algumas ironias. Algumas vezes sério até demais. Fazer e dar ouvidos às ironias, me parece, é valorizar o que os outros pensam de si. Pode-se cair numa ansiedade de estar sendo controlado pelo outro, ou de que ele saiba algo que o afetado esconde de si mesmo. Enfim, problemas ocidentais. Por outro lado, uma ironia pode irritar não por esses medos, mas pelo fato de estar fora de hora. Ou seja, rompe o enquadre e impossibilita uma transição para algo mais interessante.
No fim, as vezes nem precisa ironia pra fazer isso, por exemplo, um texto sério e longo, comentando um blog pode acabar produzindo o mesmo efeito. E no fim, transitamos em nada como disse o Marquito. E lembre-se, se tudo é possível, nada é possível (rsrsrs). Mas o Arnaldão não podia acabar de outro jeito, na verdade ele sempre teve/terá outros motivos.
Acho a ironia e o sarcasmo muito interessantes, mas tem um lado que o Marquito e o Danilo tem razão. Tem horas que ela pode levar a patinar no nada.... as vezes é muito facil ficar no nada, ficar no meio dito, uma fuga se feita em momentos não tão propicios... pode ser comodo, muito comodo.
Por outro lado pode ter a sua graça em alguns momentos... as vezes acho que precisava utilizar mais do sarcasmo na minha vida...
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